domingo, 9 de março de 2014

ÓTIMAS NOTÍCIAS PARA O MOVIMENTO ESPÍRITA E PARA A HUMANIDADE!




Artigo publicado em revista médica europeia, de repercussão mundial, apresenta André Luiz à Ciência Médica.


Aspectos históricos e culturais da glândula pineal: comparação entre as teorias fornecidas pelo Espiritismo na década de 40 e as evidências científicas atuais.
            
Francisco Cândido Xavier, considerado o maior médium dos tempos modernos, trouxe contribuições à ciência médica através da série A Vida no Mundo Espiritual, onde o autor espiritual, André Luiz, médico durante sua última reencarnação, fornece informações inusitadas sobre a fisiologia humana, além de discorrer sobre as bases que originam doenças.

Sem qualquer pretensão de literatura científica, André Luiz escrevia como se tivesse a finalidade de descrever o diário de um jovem cientista, que relata o cotidiano de suas descobertas e o avanço de seu conhecimento ante uma nova ciência. Assim, em 1945, Missionários da Luz descreveu 21 informações a respeito da glândula pineal em apenas dois capítulos do extenso livro.

Com a finalidade de estabelecer se André Luiz trouxe informações relevantes, o departamento de pesquisas da AME-Brasil, liderado pelo Dr. Giancarlo Lucchetti, levantou em toda a obra de André Luiz todas as informações sobre a glândula pineal e comparou-as à luz do conhecimento da época em que os livros foram escritos, e também com os conhecimentos que a ciência obteve nos últimos 20 anos.

A título de informação, durante toda a década de 1950, os artigos médicos sobre a glândula pineal publicados na literatura científica não somam uma centena. Na última década, ultrapassam dez mil artigos.

O resultado encontrado pelos autores do artigo que mereceu publicação na respeitada revista Neuroendocrinology Letters foi surpreendente. André Luiz antecipou informações que foram postuladas, pesquisadas e confirmadas 60 anos depois da publicação do livro Missionários da Luz.

A publicação do artigo intitulado Historical and cultural aspects of pineal gland: comparison between the theories provided by Spiritism in the 1940’s and the current scientific evidence representa um marco histórico, pois coroa a entrada de Chico Xavier em uma das mais respeitadas bases de dados da literatura médica mundial, o Pubmed.  O artigo demonstrou que a mediunidade é uma forma de obtenção não usual do conhecimento e que Francisco Cândido Xavier, através de André Luiz, trouxe colaboração inusitada à ciência médica.

Acesse no link abaixo o artigo inédito. 

PDF34_8_Lucchetti_745-755 published.pdf




sábado, 8 de março de 2014

Estudo traça perfil dos atendimentos em centros espíritas

Um dos atendimentos da Federação Espírita: palestras sobre o Evangelho
Um levantamento realizado em 55 centros espíritas da cidade de São Paulo aponta que, juntos, os atendimentos espirituais chegam a cerca de 15 mil por semana (60 mil ao mês). “Este número é muito superior ao atendimento mensal de hospitais como a Santa Casa, que atende cerca de 30 mil pessoas, ou do Hospital das Clínicas, com cerca de 20 mil atendimentos”, destaca o médico psiquiatra Homero Pinto Vallada Filho, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A média relatada de atendimentos semanais em cada instituição foi de 261 pessoas.
“Sabemos, por meio de vários estudos, que a abordagem do tema religiosidade ou espiritualidade exerce um efeito bastante positivo na saúde de muitos pacientes. Por isso, podemos considerar a terapia complementar religiosa ou espiritual como uma aliada dos serviços de saúde”, revela, lembrando que, geralmente, o paciente não tem o hábito de falar sobre suas crenças religiosas e muito menos de contar que realiza tratamentos espirituais em centros espíritas.
Vallada Filho foi o orientador da dissertação de mestrado Descrição da terapia complementar religiosa em centros espíritas da cidade de São Paulo com ênfase na abordagem sobre problemas de saúde mental, de autoria da médica Alessandra Lamas Granero Lucchetti, apresentada ao Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP em dezembro.
A ideia foi mostrar a dimensão do trabalho realizado pelos centros, o grande número de atendimentos prestados e os diferentes serviços oferecidos. Observou-se também que apenas uma pequena minoria realiza cirurgias espirituais, sendo todas sem cortes. Na segunda parte da dissertação, a pesquisadora descreve passo a passo uma terapia complementar espiritual para pacientes com depressão realizada na Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP).
Centros espíritas
Alessandra realizou um levantamento inicial de todos os centros espíritas da capital paulista que possuíam site na internet contendo endereço de contato. A médica chegou ao número de 504 instituições. Neste levantamento, foram considerados apenas centros espíritas “kardecistas”, ou seja, aqueles que seguem a doutrina codificada pelo pedagogo francês Hippolyte Leon Denizad Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, e que tem como base as obras O Livro dos Espíritos (publicado na França em 1857), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese(1868).

A médica enviou, via Correios, uma carta registrada a cada um dos 504 centros. Destas cartas, 139 voltaram devido a problemas como mudança ou erro no endereço. Das 370 que restaram, apenas 55 foram respondidas. “Se considerarmos que essa média de 60 mil atendimentos mensais representa menos de 15% da totalidade dos centros existentes na cidade, chegaremos a um número total de atendimentos muito superior aos dos 55 que participaram do estudo”, destaca Vallada.
Um questionário foi respondido apenas pelo dirigente ou pessoa responsável do centro. O material era bastante extenso e continha perguntas ligadas à identificação e funcionamento do centro, o número de voluntários e de atendimentos, as atividades realizadas e os tipos de tratamentos, quais os motivos levavam as pessoas a buscar ajuda, e como é feita a diferenciação entre mediunidade, obsessão e transtorno psicótico e quais orientações para estes casos, entre outras questões.
Resultados
Entre os resultados, foi observado que a maioria são centros já estabelecidos e que têm mais de 25 anos de existência, sendo o mais velho funcionando há 94 anos e o mais jovem com 2 anos. Em praticamente quase todos, os usuários são orientados a continuar com o tratamento médico convencional, caso estejam fazendo algum, ou mesmo com as medicações indicadas pelos médicos.

Os principais motivos para a procura pelo centro foram os problemas de saúde: depressão (45,1%), câncer (43,1%) e doenças em geral (33,3%). Também foram relatados dependência química, abuso de substâncias, problemas de relacionamento. Entre os tratamentos realizados, a prática mais presente foi a desobsessão (92,7%) e a menos frequente foi a cirurgia espiritual, (5,5%), sendo todas sem uso de cortes.
Quanto à diferenciação entre experiência espiritual e doença mental, realizada com base em nove critérios propostos pelos pesquisadores Alexander Moreira Almeida e Adair de Menezes Júnior, da Universidade Federal de Juiz de Fora, a média de acertos foi de 12,4 entre 18 acertos possíveis. Apenas quatro entrevistados (8,3%) tiveram 100% de acertos. Entre esses critérios, estão a integridade do psiquismo; o fato de a mediunidade não trazer prejuízos em nenhuma área da vida; a existência da autocrítica; e a mediunidade sendo vivenciada dentro de uma religião e cultura específicos, entre outros.
“Esse levantamento procurou descrever as atividades realizadas nos centros espíritas e salientar não só a grande importância social desempenhada por eles, mas também a grande contribuição ao sistema de saúde como coadjuvante na promoção de saúde, algo que a grande maioria das pessoas desconhece”, finaliza.
A pesquisa completa pode ser consultada neste link.

terça-feira, 4 de março de 2014

SEXO NO ALÉM

Marlene Nobre


Rosto de mulher com a boca aberta. Como é natural, muitas pessoas tem curiosidade em saber se há constituição de lares no além e, consequentemente, se há relações sexuais entre os seres que se unem em matrimônio e, mais, se existe gestação no mundo espiritual.

Encontrei as respostas nas mensagens que os desencarnados enviaram a seus pais e parentes encarnados, através de Chico Xavier.

Nas 500 mensagens que estudei, publicadas em mais de uma centena de obras, encontrei as respostas que procurava e coloquei-as no meu livro “Nossa Vida no Além”. No capítulo Inquietações da Libido, abordo muitas dessas questões.

Aprendi que nas regiões mais evoluídas há também o casamento das almas, que se unem conjugadas pelo amor puro, gerando obras admiráveis de progresso e beleza.

No caso, porém, em que esse enlace deva ser adiado, por circunstâncias inamovíveis, os Espíritos de comportamento superior aceitam, na Terra, a luta pela sublimação das forças genésicas, aplicando-as em trabalho digno. Neste caso, não aceitam ligações poligâmicas, mas abstenção do comércio poligâmico, tanto mais intensamente quanto mais ativo se lhes revele o esforço no acrisolamento próprio.

Por isso vemos muitas criaturas encarnadas que, embora separadas de sua alma gêmea, desenvolvem serviços de amor aos semelhantes, a fim de aplicarem de forma útil suas energias sexuais, até que, um dia, possa reencontrá-la, nas outras dimensões da vida infinita, e integrar-se em seu halo energético, na complementação ideal.

Ivo de Barros Correia Menezes, o Ivinho, enviou vinte cartas para sua mãe, através do médium Chico Xavier, seis delas estão no livro “Retornaram Contando”, cinco outras em “Gratidão e Paz”, e algumas esparsas. Em 1983, cinco anos após a sua desencarnação, ocorrida aos 18 anos, desabafou com sua mãe Neide (1):

“Continuo desencarnado e prossigo querendo casar-me e ser pai de família. Estimo os avós que me favorecem aqui com os melhores ensejos de ser feliz, mas, no fundo de mim mesmo, o que desejo realmente será formar na juventude do meu tempo e adotar uma vida caseira, pródiga de bênçãos de paz. Mãe Neide, é que seu filho anda partido em dois, tamanho é o meu anseio de realizar-me na condição de homem”.

Em sua sexta carta, psicografada em 26 de maio de 1984, Ivinho continuou a dialogar francamente com o coração materno, expondo seus anseios mais íntimos:

“Aquele desejo de passear com uma garota a tiracolo observando se ela nos serviria para um casamento futuro prevalece comigo. Muitos rapazes se desligam com facilidade desses anseios. Tenho visto centenas que me participam estarem transfigurados pela religião e outros adotam exercícios de ioga com o objetivo de cortarem essas raízes da mocidade com o mundo. (…)

Meu tio Ivo fala em amor entre os jovens, apenas usufruindo o magnetismo das mãos dadas, e até já experimentei, mas a pequena não apresentava energias que atraíssem para longos diálogos sobre as maravilhas da vida por aqui. Fiz força e ela também; no entanto, nos separamos espontaneamente, porque não nos alimentávamos espiritualmente um ao outro.

Creio que meu caso é uma provação que apenas vencerei com o apoio do tempo. (…)

Se estivesse aí faria 25 anos em janeiro próximo; um tempo lindo para se erguer um lar e criar filhos (…)”.


Realmente a provação, com vistas à disciplina emotiva, parece implícita no caso de Ivinho, à semelhança de milhares de outros jovens, como ele mesmo pôde constatar, entre seus companheiros de Vida Nova. Mas é interessante anotar a sinceridade de seu coração, abrindo a alma por inteiro para a mãe à procura de apoio. 


Nesta mesma carta, continuou:

“Mamãe Neide, por que será que o homem passa por este período de necessidade de integração com uma outra criatura no casamento? Sei lá… A minha avó Celeste considera fácil esta abstenção por aqui, porque nos afirma que, em nossa esfera não há possibilidade de gravidez. Mas com gravidez ou sem ela eu queria uma companheira loura ou morena, que se parecesse com você, que me protegesse, que me conseguisse organizar os lugares para descanso, que eu pudesse beijar muitas vezes para compensá-la do carinho que me consagrasse. (…) Dizem por aqui que os pares certos trocam emoções criativas e maravilhosas no simples toque de mãos; no entanto, estou esperando o milagre”.



Em seus apontamentos, Ivinho lembrou que na Terra, rapazes e moças buscam dedicar-se aos esportes na tentativa de liberar o magnetismo do sexo, no entanto, para ele nem mesmo isso daria jeito. O jovem não disse, mas o esporte na Espiritualidade tem outras modalidades uma vez que o sistema muscular estriado ou esquelético existente no corpo físico não permanece no perispírito, é transformado, durante a histogênese espiritual. Lá não se utiliza senão a força mental e os deslocamentos individuais operam-se na faixa da volitação. Referiu-se aos estudos e trabalho que desenvolve sob a orientação dos instrutores espirituais, e quando interrogado por eles, não teve coragem de mentir quanto ao seu verdadeiro estado mental em relação ao sexo:

“Enfim, esta é minha atualidade e não podia omitir o que sinto perante você, minha mãe, minha confidente e minha melhor amiga. Com o tempo, vamos regularizar tudo isso. Esteja tranquila. Refiro-me ao assunto, porquanto noto que a maioria dos jovens desencarnados, que se comunicam dão uma volta no caso e passam por cima; no entanto, sei que a maioria deles está em posição semelhante à minha. Mas não há de ser nada. Acredito que vou entrar no cordão das mãos entrelaçadas e depois lhe darei notícias”.
As cartas do jovem Ivo à sua mãe constituíram, a nosso ver, um esforço enorme de seu Espírito para adaptar-se ao Plano Espiritual. Com esse desabafo, possibilitado, durante tantos anos, pela psicografia, ganhou forças para resistir, contando principalmente com a compreensão da mãe e da avó. No mundo espiritual, seu avô Barros chegou a sugerir-lhe uma nova encarnação, mas o jovem apavorou-se: “(…) isso é um assunto grave, porque não desejo assumir outra personalidade esquecendo os vínculos que me ligam ao seu querido coração”.

“Enganam-se lamentavelmente quantos possam admitir a incontinência sexual como regra de conduta nos planos superiores da Espiritualidade” (2).

Como vemos, ainda temos muito que aprender lendo as cartas recebidas por Chico Xavier, enviadas por aqueles que partiram, sobretudo os jovens, aos entes queridos que ficaram na Terra.

Notas
1. Ver Retornaram Contando – cap.4; Gratidão e Paz – cap. 23; Caravana de amor – cap. 11; Anuário espírita 1988;  Folha Espírita
2. Ver Evolução em Dois Mundos – Segunda parte: cap. X

Comentários

É importante destacar que Ivinho, através da psicografia de Chico Xavier, afirma categoricamente que não há gestação na esfera em que se encontra, ou seja, na esfera espiritual. De acordo com André Luiz, em "Evolução em dois mundos" (1), nas regiões inferiores, onde predomina a licenciosidade, encontramos a poligamia embrutecente, entretanto, nos planos enobrecidos, existe o casamento de almas conjugadas no amor puro.

Em "Missionários da luz" (2), o instrutor Alexandre se refere ao sexo como qualidade positiva ou passiva da alma, mencionando que toda manifestação sexual evolui com o ser, não se restringindo o sexo a mera união carnal. Para nossa compreensão do tema, Alexandre substitui as palavras união sexual por união de qualidades que entre as almas denomina-se amor,  traduzindo-se a união sexual que se baseia no amor em permuta sublime de energias perispirituais que alimentam o coração, em força criadora capaz de gerar não só os filhos carnais, mas também obras generosas da alma para a vida eterna.

Homens e mulheres cujas almas já estão em processo de libertação das imposições orgânicas aprendem a permutar os valores divinos da alma, alimentando-se reciprocamente através de permutas magnéticas, bastando um olhar, uma palavra, um gesto de carinho para sentirem-se repletos de força e estímulo para as mais difíceis realizações, explica o Benfeitor. Na Terra, entretanto, a maioria dos homens ainda estagia no reino das sensações, e as manifestações sexuais não estão assentadas na lei universal do bem, gerando sofrimento e perturbação.  

Finalizando, transcrevo abaixo os comentários do instrutor Alexandre:

“__ Não há criação sem fecundação. As formas físicas descendem das uniões físicas. As construções espirituais procedem das uniões espirituais. A obra do Universo é filha de Deus. O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos os círculos evolutivos, até que venhamos a atingir o campo da Harmonia Perfeita, onde essas qualidades se equilibram no seio da Divindade” (2).

Notas
(1) Evolução em Dois Mundos – Segunda parte: cap. X
(2) Missionários da Luz – cap. 13, pág. 198 a 203.

Márcia Colasante